Resumo

O presente estudo objetivou conhecer os níveis de aptidão física entre cadetes militares por meio do Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF) a que foram submetidos durante o período de sua formação na Academia da Força Aérea Brasileira. As unidades observacionais constituíram-se de 328 cadetes, do sexo masculino, com idades de 21± 4 anos, pertencentes aos Esquadrões que ingressaram na Academia nos anos de 1999 a 2001 nos cursos de aviação, intendência e infantaria. Os dados foram coletados a partir de planilhas específicas junto ao banco de dados pertencentes a Seção de Educação Física da Academia da Força Aérea. Os TACF foram compostos dos seguintes exercícios: i) flexão e extensão dos cotovelos com apoio no solo executado até a exaustão, ii) flexão e extensão do quadril durante o tempo de um minuto e iii) corrida de 2400 metros. Foram analisados os TACF de cada um dos três Esquadrões nos quatro anos de sua formação, sendo M1 para o 1º ano, M2 para o 2º ano, M3 para o 3º ano e M4 para o 4º ano. Para a descrição estatística foram utilizados os cálculos de medidas de tendência central e de dispersão (média, mediana, quartis e desvio-padrão) e no plano inferencial, para a análise dos valores médios entre os momentos de avaliação foi utilizada ANOVA One Way com repetição (p< 0,05), seguido do Teste Student-Newman-Keuls (p< 0,05). Os principais resultados apontam: i) de forma geral, verificou-se um declínio significante na aptidão física dos cadetes em todos os exercícios entre o M1 e o M2 e melhora significante no desempenho entre os momentos M2 e M3; ii) na comparação entre os três esquadrões, verificou-se que no teste de 2400m, houve tendência do esquadrão de 1999 apresentar os melhores índices médios na potência aeróbia, com exceção do momento M4 e, quando analisado a força de membros superiores e a resistência abdominal, o Esquadrão de 2000 apresentou progressiva melhora no desempenho desde o primeiro momento de avaliação. Concluímos que os cadetes, de forma geral, em relação à força dos membros superiores, quando estiveram no último ano do Curso de Formação de Oficiais, apresentam-se em condições significativamente superiores as encontradas no início do curso. Em termos de resistência abdominal, suas condições foram praticamente similares as verificadas no início da sua formação, diferente da potência aeróbia, onde os cadetes apresentaram índices inferiores aos encontrados no início do período de formação (M1).

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