Resumo

Ao se analisar os resultados do Brasil em competições internacionais de pentatlo moderno, foram observados baixos rendimentos nas provas de espada. Este problema motivou o presente estudo, que tem como objetivo a comparação entre os pentatletas modernos e os esgrimistas de espada de alto rendimento nacional, identificando possíveis carências de certas características morfofisiológicas relacionadas ao desempenho nas provas de espada. A amostra foi composta por dois grupos: “E”, composto por cinco esgrimistas, e “P”, composto por seis pentatletas, todos do gênero masculino, com idade média de 24,5 + 7,5 anos, estatura média de 180,1 + 9,6 cm e massa corporal média de 73,95 + 12,05 Kg, classificados entre os 10 primeiros no ranking brasileiro em suas modalidades. Foram aplicados sete testes físicos e mensuradas cinco características morfológicas. Os grupos “E” e “P” realizaram os testes no mesmo local, mas em períodos distintos (Grupo “E” durante a preparação para o Pan-americano e Grupo “P”, para o Mundial). Os dois grupos seguiam seus próprios planos de treinamento, de alimentação e de rotina diária. Foi utilizado o teste-T, paramétrico, para amostras não pareadas independentes, estipulando-se o nível de significância para p < 0,05. Da análise dos resultados, verificou-se que os pentatletas modernos obtiveram melhores resultados em relação aos esgrimistas de espada, em todos os testes físicos aplicados. Na análise dos dados antropométricos, verificou-se que os dois grupos possuíam a classificação mesomorfo-ectomorfo, sendo esta, porém, mais marcante no grupo “P”. Concluiu-se, desta forma, que o baixo rendimento dos pentatletas nas provas de espada não está relacionado a uma carência de certas características morfofisiológicas, mas, sim, a um melhor desenvolvimento do seu nível técnico e tático de esgrima. Palavras-chave: Pentatlo Moderno, Esgrima, Aptidão Física, Morfologia, Estudo Comparativo.

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