Resumo

Oito indivíduos normais e 8 indivíduos portadores da Síndrome de Down realizaram movimentos multiarticulares planares de reversão em três distâncias lineares (30, 45 e 60% do comprimento do antebraço) para cada uma das três orientações espaciais (180º, 90º e 0º). Quatro marcas fixadas às articulações do ombro, cotovelo e pulso, e na ponta dedo indicador para se obter as coordenadas "x", "y" e "z". Estes dados permitiram que fossem calculadas variáveis cinemáticas e cinéticas. Eletrodos de superfície registraram a atividade muscular de 4 músculos (deltóide anterior e posterior, tríceps e bíceps). Os resultados da análise estatística (ANOVA) indicaram que indivíduos normais mantiveram a intensidade de ativação da musculatura agonista e modularam a quantidade de atividade muscular agonista com aumento da distância dos alvos. Estes resultados foram observados para as musculaturas das duas articulações analisadas, independente da orientação espacial. Entretanto, indivíduos portadores da Síndrome de Down ativaram suas musculaturas do ombro e do cotovelo com menor intensidade e menor quantidade de atividade muscular agonista, quando comparados com indivíduos normais. Estas atividades não foram moduladas com o aumento da distância dos alvos. Este tipo de ativação produziu menos torque muscular e menor velocidade de movimento. Portanto, os resultados sugerem que SNC de indivíduos normais se baseiam também em variáveis extrínsecas, como distância linear, para modular a quantidade de atividade muscular agonista em movimentos multiarticulares de reversão.

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