Estudo Morfológico do Segmento Inicial da Artéria Mesentérica Superior, em Diferentes Idades
Por Rosângela Fernandes Garcia (Autor), Marcílio Hubner de Miranda Neto (Autor).
Em Arquivos de Ciências da Saúde da Unipar v. 5, n 2, 2001. Da página 135 a 139
Resumo
Este trabalho consta do estudo da constituição e das modificações sofridas pelo segmento inicial da artéria mesentérica superior, com a idade. O material foi obtido de 15 cadáveres, reunidos em 3 grupos etários: A, de 1 dia a 1 ano; B, de 6 a 8 anos e C, de 27 a 40 anos. As peças anatômicas foram submetidas a tratamento histológico. A túnica adventícia da artéria mesentérica apresentava redução de espessura, quando comparavam-se os grupos A, B e C, ao mesmo tempo que seus feixes de fibras colágenas tornavam-se mais espessos e menos ondulados. O contingente de lâminas e feixes de fibras elásticas maduras nos grupos B e C era menor que no grupo A, sendo verificada refução nos feixes de fibras oxitalânicas e elaunínicas, no grupo C. No grupo A, tanto na túnica média quanto na região subendotelial predominavam feixes de fibras musculares, ocorrendo gradativo aumento de fibras colágenas nos grupos B e C. Os feixes de fibras elásticas maduras eram escassos nesta túnica, nos 3 grupos estudados, enquanto os feixes de fibras oxitalânicas e elaunínicas estavam presentes em menor quantidade no grupo A que nos grupos B e C. Na túnica íntima, foram encontrados espessamentos regionalizados nos 3 grupos, sendo estes constituídos por grupamentos celulares e elementos fibrosos. Nestas regiões a lâmina elástica interna delaminava-se, estes espessamentos tornavam-se maiores com o progredir da idade. Discute-se que o aumento de fibras colágenas, oxitalânicas e elaunínicas da túnica média, juntamente com os espessamentos da túnica íntima e o aumento do colágeno subendotelial, reduz a distensibilidade do segmento inicial desse vaso.