Resumo

Introdução: A doença arterial coronariana é segundo a OMS a segunda maior
causadora de mortes no mundo, perdendo somente para os acidentes vasculares
encefálicos. O objetivo deste estudo foi demonstrar os benefícios da prática regular
e orientada de exercícios físicos para um paciente submetido à cirurgia de
revascularização do miocárdio (RM). Materiais e Métodos: Foi avaliado um paciente
com 66 anos, masculino, com diagnóstico de insuficiência coronariana - Angina
Estável, submetido à realização da RM. O paciente, iniciou seu programa de
reabilitação cardíaca realizando todos os procedimentos indicados de avaliação: massa
corporal 74.3kg; estatura 1.80cm; Fcmáx 154bpm, PA 130/75mmHg. As sessões
de treinamento (ST) incluíram a monitorizarão da FC por frequencímetro e controle
da pressão arterial (PA) método auscultatório, no início e término de cada sessão. As
freqüências das sessões foram de 3 vezes por semana em dias alternados, com
duração de 75min.A intensidade variou de 65% a 80% da FCmáx.As ST constaram
de exercícios de alongamentos, aeróbicos em esteira elétrica, mantida em plano
horizontal, de 20 a 30 min. com velocidade de 2.4km/h, exercícios de fortalecimento
de MMII e MMSS com 3 séries de 6 repetições sem carga. Essa etapa inicial do
programa se manteve por 2 meses. De acordo com as evoluções foram necessários
o aumento gradativo da velocidade da esteira 4.2km/h, caracterizando assim um
incremento do estímulo aeróbico. Foi inserido no programa, exercícios resistidos
com progressão a cada 3 meses. O duplo produto (DP) foi computado pela forma
PAS x FC. Para a análise estatística dos dados foi utilizado análise descritiva simples.
Resultados: Observou-se ao final das 109 sessões que o paciente caminhava na
esteira com velocidades entre 2.4km/h a 5.3km/h, a FC variava entre 90 a 120bpm
com a velocidade da esteira variando de 2.4km/h a 5.5km/h.Com o treinamento o
paciente alcançou intensidades superiores quando comparadas ao inicio do
tratamento, caracterizando uma melhora na condição física do paciente sem a FC
ultrapassar a zona alvo de treinamento. No início do treinamento o paciente
apresentou um DP 10000 a 15000 e ao final do treinamento o paciente apresentou
um DP variando entre 10000 a 20000. Conclusão:Ao final do treinamento o individuo
conseguiu progredir sua intensidade de trabalho sem alterar significativamente o
DP, sem ultrapassar a zona alvo de trabalho, caracterizando uma melhora na condição
física do paciente.

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