Resumo

O presente estudo procura analisar, e contrapor, os diferentes modos de desenvolvimento dos Estudos de Ócio (de origem ibero-americana) e dos Leisure Studies (de criação e inserção essencialmente anglosaxónica). Seguindo o trabalho seminal de Doistua (2006), debateremos as principais diferenças e semelhanças, quer conceptuais quer epistemológicas e metodológicas, entre ambos os paradigmas científicos, tal como se constituíram desde os finais do século XIX até hoje. No final deste estudo, problematizaremos, na linha de Inchaurraga (2012), o conceito de ócio/lazer, em articulação com o conceito de trabalho, à luz de uma razão débil em contraponto com uma razão forte, tal como Vattimo a conceptualizou. Como resultado deste percurso, é nosso objetivo introduzir no debate sobre os estudos de ócio/lazer uma dimensão política, que nos parece ser absolutamente essencial para o aprofundamento desta temática tal como ela se apresenta na pós-modernidade, mas que tem vindo a estar ausente nas investigações e reflexões sobre esta área do conhecimento.

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