Resumo

Introdução:

O treinamento físico é recomendado pelas diretrizes atuais como medida preventiva e como ferramenta adicional à terapia farmacológica no tratamento da hipertensão e de suas manifestações patológicas. No entanto, são muitas as incertezas acerca da melhor prescrição de treinamento para controle da pressão arterial em portadores de hipertensão arterial resistente.

Objetivo:

Avaliar o efeito, em 12 semanas, de um programa de exercícios aeróbicos e resistidos sobre parâmetros pressóricos, antropométricos e bioquímicos de pacientes com hipertensão arterial resistente.

Métodos:

Onze pacientes com hipertensão resistente foram divididos em dois grupos aleatoriamente: treinamento resistido e treinamento aeróbico. A pressão arterial foi registrada por monitoramento ambulatorial de 24 horas antes e após o treinamento de 12 semanas. Para a comparação dos grupos com exercício resistido e aeróbico foi utilizado o teste t de Student. Para analisar os dados pré e pós-exercício foram utilizados os testes t-pareado e Wilcoxon. O nível de significância foi de 0,05.

Resultados:

No grupo que realizou o treinamento aeróbico, os valores médios de pressão sistólica e diastólica e sua média foram significativamente mais baixos no total das 24 horas analisadas, com quedas de 14 mmHg, 7 mmHg e 10 mmHg, respectivamente, e no período de vigília. O grupo de treinamento resistido não apresentou alteração significativa da pressão arterial, apesar da melhora significativa dos níveis de HDL.

Conclusão:

Doze semanas de exercícios aeróbicos resultaram em redução da pressão arterial de forma significativa em hipertensos resistentes, enquanto que os exercícios resistidos se mostraram mais eficazes no aumento do HDL. Nível de evidência II, Estudos terapêuticos.

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