Resumo

Este estudo pretende justificar que o exercício físico de longa duração melhora a qualidade de vida de uma população normal de adultos, usando o WHOQOL-100. A pesquisa caracteriza-se como descritiva e exploratória e foi realizada com 310 adultos de Florianópolis, SC, entre 24 e 56 anos, sendo 145 indivíduos da rede pública, 135 da privada e 40 triatletas de longa distância. A amostra foi composta por três grupos, do sexo masculino: sedentários, são 46 adultos, idade mínima de 25 anos, máxima de 56 anos, a média de idade foi 37.02 ± 9.59 anos, dedicam menos de 150 minutos/semana de atividade física no lazer; moderadamente ativos, são 54 adultos, idade mínima de 24 anos, máxima de 56 anos, a média de idade foi 34.16 ± 9.31 anos, destinam 150 minutos ou mais de atividade física por semana no lazer e, vigorosamente ativos, são 24 adultos, idade mínima de 26 anos, máxima de 49 anos, a média de idade foi 37.50 ± 6.73 anos, triatletas de longa distância que treinam em média de 13 a 25 horas/semana, aproximadamente 780 a 1500 minutos/semana. O WHOQOL foi aplicado no período de treinamento específico dos triatletas e o critério de inclusão foi os que desejaram participar. A pesquisa é do tipo intencional, atendendo as características de idade entre 24 e 56 anos e para os vigorosamente ativos, a participação no Ironman Brasil 2007, independente se completou a prova ou não e o critério de exclusão para sedentários e moderadamente ativos, foi eliminar indivíduos triatletas. Estatisticamente, constatou-se que vigorosamente ativos tem uma qualidade de vida superior quando comparados com os outros grupos no somatório das facetas e na da qualidade de vida global. A menor média nos três grupos foi na faceta que avalia o aspecto físico com relação à dor e desconforto e a maior média para sedentários e vigorosamente ativos, na faceta que avalia a dependência de medicação e tratamento. Um maior escore, nesse caso, corresponde a uma menor dependência, contribuindo para uma qualidade de vida superior. Em contrapartida, para moderadamente ativos a maior média foi na faceta que avalia a capacidade para o trabalho. As análises apresentadas repercutiram positivamente na qualidade de vida a favor dos vigorosamente ativos, confirmando a justificativa de que o exercício físico de longa duração melhora a qualidade de vida.