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O objetivo deste trabalho foi analisar o comportamento das variáveis
eletromiográficas (EMG): potência pico (PP), freqüência da potência pico (FPP),
freqüência mediana (FM) e freqüência média (Fmed), durante contrações a flexão
isométrica do joelho a 90º até à exaustão. Dez indivíduos do sexo feminino, com
idades entre 19 e 23 anos, sem antecedentes de doenças músculo-esqueléticas
realizaram contrações isométricas submáximas até a exaustão a 10, 20, 30 e 40% da
CIVM por meio da tração de uma célula de carga fixada perpendicularmente ao
tornozelo. Foram avaliados os músculos semitendinoso (ST), semimembranoso
(SM), bíceps da coxa (cabeça longa) (BCCL) e gastrocnêmio (porção lateral) (GNL).
Para a captação dos sinais EMG utilizou-se: eletrodos de superfície (MEDTRACE®),
um módulo de aquisição de sinais biológicos (Lynx®), um filtro passa alta de 20Hz
e passa baixa de 500Hz, freqüência de amostragem de 1000Hz e ganho de 1000
vezes. Da correlação entre os valores de EMG com o tempo obtiveram-se os valores
de slopes para cada variável de cada músculo. Os dados foram analisados utilizando
o teste de Friedman, comparando os valores de slopes entre cargas e entre músculos
e o nível de significância foi p<0.05. Para o músculo SM, os valores de slopes da FM
apresentaram diferenças entre as cargas 10 e 30% e 10 e 40%; a Fmed entre 10 e
40%. Para os valores de slopes os músculos ST e BCCL apresentaram diferenças
entre as cargas de 10 e 30% e entre 10 e 40% para a variável PP. Para o músculo
BCCL foram encontradas diferenças entre as cargas de 20 e 40% para a variável PP
e entre 10 e 40% para PPF com maiores valores para as cargas mais altas. Para o
músculo SM a variável PPF apresentou diferenças somente entre as cargas 10 e
40%.A análise dos resultados revelou que as variáveis FM, Fmed, PPF e PP foram
influenciadas pela carga durante o exercício fatigante, de forma que, quanto maior a
carga imposta, mais altos foram os slopes. Dessa forma, o fato de os músculos
flexores do joelho não terem apresentado um padrão de comportamento similar
com o aumento da carga pode revelar padrões de recrutamento de fibras e
fadigabilidade diferentes entre si, o que pode traduzir em contribuições diferentes
no nível de força gerado por tais músculos

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