Resumo

Dor e fadiga são, atualmente, as maiores queixas do trabalhador, influenciando negativamente a sua capacidade de trabalho e a sua qualidade de vida. No presente estudo, discute-se o papel do exercício físico como fator de melhora em relação a essas queixas.O objetivo deste trabalho é investigar a relação entre a prática de exercícios físicos no trabalho, a percepção subjetiva da qualidade de vida e os seus aspectos específicos de dor e desconforto, fadiga e capacidade de trabalho. Para isso, foram selecionados dois grupos, cada um composto por 25 trabalhadores de fábrica do setor metalúrgico, independente de gênero, sendo o primeiro grupo formado por praticantes de exercícios físicos no local de trabalho (PEF) e o segundo, por indivíduos sedentários. Todos preencheram o questionário WHOQOL Abreviado e responderam as questões específicas dos aspectos de dor e desconforto, energia e fadiga e capacidade de trabalho do instrumento WHOQOL-100.A análise estatística mostra que o grupo PEF possui melhores índices de qualidade de vida nos domínios físico, psicológico e ambiental, quando comparado com os sedentários, não sendo encontrada a mesma diferença no domínio social. Mostra, também, que o grupo PEF possui índices mais baixos de dor e fadiga, assim como um melhor índice de capacidade de trabalho, se comparado aos sedentários. Recomenda-se que as empresas adotem um programa bem estruturado de prática de exercícios físicos realizados nas instalações da própria empresa para a prevenção da dor e da fadiga, assim como para a melhoria da capacidade de trabalho e da qualidade de vida de seus trabalhadores. 

Acessar Arquivo