Resumo

O artigo trata das controvérsias em torno da autonomia concedida ao tema exercício físico na primeira versão da BNCC e seu reposicionamento como subtema das ginásticas na segunda e terceira versões. Ele está teórica e metodologicamente sustentado na análise de discurso foucaultiana (AD) e usa como materialidade empírica as três versões da BNCC, as contribuições da consulta pública promovida pelo MEC entre setembro de 2015 e março de 2016 e os pareceres dos leitores críticos. Parte-se do pressuposto de que tal debate remonta disputas de longa data entre as vertentes culturalista e físico-sanitária da Educação Física brasileira sobre as finalidades dessa disciplina na escola. Conclui-se que os programas de exercícios físicos são manifestações da cultura corporal de movimento, que devem estar alinhados ao rol de temas da Educação Física pelos mesmos critérios já aplicados aos demais conteúdos escolares em documentos desta natureza.

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