Resumo

Objetivo: analisar a contribuição de um programa de condicionamento físico com exergames no controle postural e comparar a função autonômica cardiovascular em adolescentes do sexo feminino. Métodos: estudo longitudinal com adolescentes do sexo feminino, com e sem excesso de peso, com idade entre 10 e 16 anos, submetidas a duas avaliações, quando foram investigadas a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e o controle postural durante a participação no programa de condicionamento com exergames. Resultados: os índices de VFC para o domínio do tempo (RMSS e SDNN), apresentaram diferenças significativas entre os momentos pré e pós do programa com exergames (14,67 [5,86; 22,72]; 12,38 [4, 82; 20,88]), respectivamente. Em condições posturais BPA/AO base aberta com pés paralelos e olhos abertos (0,19 [0,05; 0,32]), BTD/AO (base semi-tandem com pé reto para frente e olhos abertos) (-0,17 [-0,32; -0,01]), BTD/OF (base semi-tandem com pés retos à frente e olhos fechados) (-0,21 [-0,38; -0,04]) e BTE/OF (base semi-tandem com pé esquerdo à frente e olhos fechados) (-0,2 [- 0,38; -0,02]) foram encontradas diferenças entre os momentos pré e pós dos valores de ativação muscular dos músculos flexores e extensores do tornozelo. Os mesmos ajustes não foram identificados para o grupo com excesso de peso. O deslocamento total do centro de pressão nas posturas BTD/AO (0,19 [0,02; 0,36]) no grupo com peso adequado, e no BTE/OF (0,77 [0,18; 1,41]) no grupo com sobrepeso, nas comparações pré e pós foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: os exergames podem contribuir para adaptações fisiológicas a nível cardiovascular e motor em adolescentes.

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