Resumo

O objetivo dete estudo foi compreender as diferenças entre as motivações e experiências masculinas e femininas de ser árbitro de futebol. Foi realizada uma entrevista qualitativa semiestruturada com oito árbitros de futebol (4 homens e 4 mulheres) com idades entre 19 e 27 anos (23,4±3,10). Os participantes foram árbitros de jogos regionais e nacionais do futebol Portugês. Na análise de conteúdo emergiram dois components (Experiências e Motivações) e, para cada componente, seis e quatro categorias, respectivamente. Os resultados demonstraram que as árbitras são percebidas como capazes da mesma conquista que os homens. Nas primeiras etapas da carreira de árbitro, mulheres e homens apresentam motivações semelhantes em relação ao desenvolvimento de diferentes capacidades (foco; tomada de decisão; liderança com pressão; gerenciamento de conflitos) e o mais importante sendo a paixão pelo jogo. No entanto, o sexismo ainda é sentido pelas mulheres, que precisam lidar com mais estereótipos e abusos psicológicos dos esportes dominantes dos homens. Consequentemente, o sentimento de que é preciso trabalhar mais do que os homens para alcançar seus objetivos.     

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