Resumo

A presente pesquisa buscou identificar fatores associados ao envolvimento em dança de salão entre variáveis de natureza sociodemográfica, de indicadores de saúde, de atividade física e de bem-estar psicossocial. Participaram do estudo 230 idosos (72,2 ± 5,5 anos; 63,04% mulheres) que compõem uma subamostra do estudo Fibra (Rede de Estudos sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros) os quais não apresentaram déficits
cognitivos e responderam afirmativamente para o envolvimento em dança de salão em levantamento realizado a partir da aplicação do Minnesota Leisure Time Activity Questionnaire. Cerca de 87% dos idosos foram classificados como fisicamente ativos, obtendo média de dispêndio energético semanal de 2334,1 METs (DP = 2897,9). O dispêndio energético médio em dança de salão (997,7 METs; DP = 1124,1) representou 40% do gasto energético semanal em atividades físicas gerais. Houve associações entre maior dispêndio energético em dança de salão e níveis de renda, autoavaliação de saúde e suporte social. Análise de regressão logística multivariada apontou que relatar boa ou muito boa autoavalição de saúde e graus moderados e altos de suporte social foram significativamente associados ao maior dispêndio energético em dança de salão. Tais resultados sugerem que a prática de dança de salão, para os idosos da amostra, está associada a indicadores positivos de saúde e qualidade de vida no auxílio à manutenção de um envelhecimento ativo.

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