Resumo

Introdução: O comportamento sedentário pode contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas e incapacidades físicas, comprometendo a qualidade de vida do idoso. Objetivo: Analisar o comportamento sedentário e sua associação com fatores sociodemográficos, condições de saúde e estilo de vida em idosos de comunidade do sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal, de base populacional e domiciliar. Foram avaliados 477 idosos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 60 anos residentes no município de Antônio Carlos – SC (2010-2011). O comportamento sedentário (International Physical Activity Questionnaire – IPAQ) foi verificado por meio do tempo gasto sentado, sendo considerado o tempo ≥ 6 horas/dia (3º tercil). As variáveis explanatórias foram: sexo, idade, saber ler e escrever, arranjo familiar, ocupação ao longo da vida e condição de trabalho, número de morbidades, quedas, estado nutricional, estado cognitivo, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. Resultados: A média do tempo sentado foi de 5,5 ± 3,22 horas/dia e o comportamento sedentário foi verificado em 43,8% dos idosos. As análises ajustadas (Regressão de Poisson) mostraram que o comportamento sedentário foi associado aos idosos mais velhos, do sexo masculino, que viviam acompanhados, que trabalharam na agricultura ao longo da vida e que não trabalhavam no momento da entrevista. A prevalência de comportamento sedentário foi menor nos idosos que nunca fumaram e naqueles com baixo peso. Conclusão: Os resultados poderão ajudar no desenvolvimento de estratégias e políticas públicas que visem não somente o aumento de prática regular de atividades físicas, mas também a redução do tempo prolongado de comportamento sedentário na população idosa.

Acessar Arquivo