Resumo

Fatores de risco para o desenvolvimento de Transtornos da Alimentação envolvem atitudes e práticas inadequadas com o alimento e o peso e podem ser avaliados com base em instrumentos validados. Os comportamentos de risco tiveram aumento de incidência e são frequentes em estudantes universitárias. Diante disto, o objetivo desta pesquisa foi analisar a presença de fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares em mulheres universitárias de uma instituição comunitária do litoral de Santa Catarina, identificando os fatores de risco mais relatados. Este é um estudo transversal onde foram analisadas 210 acadêmicas de 2 cursos, por meio de um teste de atitudes alimentares (EAT) e uma atividade complementar de imagem corporal. Avaliou-se também possíveis correlações de curso de graduação, idade e estado nutricional com os fatores de risco. Do total de avaliadas, 18,57% apresentaram risco para desenvolverem Transtornos da Alimentação, 64,10% são acadêmicas do curso de Nutrição e 35,90% de Psicologia. Em relação a imagem corporal 61,42% mostraram-se insatisfeitas com o que viam no espelho. Entre os fatores de risco mais relatados estão os itens “presto atenção a quantidade de calorias dos alimentos” e “fico apavorada com a ideia de estar engordando”. Considerando que os Transtornos da Alimentação são uma doença de baixa prevalência na população mundial, a proporção com que os fatores de risco foram encontrados na amostra estudada é preocupante. Os resultados do presente estudo podem ser utilizados para a realização de futuros programas de conscientização e promoção de saúde.

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