Resumo


Mielomeningocele significa a protrusão da bolsa subcutânea contendo tecido nervoso central, ou seja, a medula espinhal lesada com raízes nervosas. As consequências que a doença pode causar, na maior parte das crianças com mielomeningocele é o descontrole esfincteriano (controle urinário e intestinal) e as deformidades ortopédicas, como pé torto, deslocamento do quadril, diminuição das amplitudes articulares, deformidades no tronco (cifoescoliose), o que leva à alterações da marcha. Assim como qualquer individuo, podemos identificar fatores intrínsecos e extrínsecos que serão relevantes para que se realize uma tarefa motora mesmo com condições patológicas. O objetivo do estudo foi verificar os fatores extrínsecos e intrínsecos que influenciam nas adaptações motoras para a marcha do individuo com mielomeningocele. Os dados foram coletados através de entrevistas, nas quais participaram o sujeito foco e pai, mãe, professora da escola e fisioterapeuta. A criança foco é do sexo feminino com cinco anos de idade que possui mielomeningocele com grau da lesão na L-4; apresenta descontrole dos esfíncteres retal e uretal; instabilidade e alterações na marcha; e baixo déficit de atenção e cognição; hipotonia e hipotrofia dos membros inferiores, eversão bilateral dos pés, rotação da tíbia e fêmur e baixa coordenação dos membros inferiores. A metodologia realizada foi qualitativa descritiva do tipo estudo de caso. Para a análise dos dados, utilizamos a análise do discurso coletivo. A motivação intrínseca do sujeito analisado foi sempre buscando suas metas pessoais e o comprometimento de pessoas envolvidas no caso foi significativo para promovê-la. Concluímos que, no caso estudado, tanto os fatores intrínsecos como os extrínsecos foram determinantes para que a criança alcançasse a marcha.

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