Resumo

Profissionais de enfermagem estão sujeitos à tensão emocional e adoecimento psíquico incluindo a Síndrome de Burnout (SB). O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre os fatores psicossociais de risco no trabalho e a ocorrência de Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem. O estudo é transversal, quanti-qualitativo. Aplicou-se um questionário sociodemográfico; o Maslach Burnout Inventory - Human Services Survey para avaliar a SB; o Health and Safety Executive ¿ Indicator Tool (HSE-IT) e o Grupo Focal como ferramenta de avaliação dos fatores psicossociais de estresse na organização do trabalho. Utilizou-se regressão logística e análise de conteúdo. Foi encontrada prevalência de SB de 5,8% em 281 profissionais de enfermagem, sendo de 6,3% entre os auxiliares e técnicos, associados com idade, tempo de hospital e profissão e número de empregos e 2,6 % entre os enfermeiros, associados com tempo de hospital e número de empregos. O grupo focal complementou os resultados do HSE-IT, identificando outros fatores de estresse não presentes nesse instrumento e revelando que a vulnerabilidade à SB não está na profissão, mas na organização do trabalho. Com isso conclui-se que o tradicional modelo de associação da SB à profissão de enfermagem é insuficiente para explicar sua gênese, sugerindo a intervenção na organização do trabalho com vista a eliminação dos principais estressores ocupacionais em favor da promoção e preservação da saúde

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