Resumo

O artigo tem como objetivo trazer as relações entre a história do futebol feminino e as pautas sociais levantadas dentro da modalidade. O feminismo é um movimento que almeja a equidade entre homens e mulheres e vem ganhando força nas últimas décadas, empoderando mulheres a lutarem e conquistarem espaços perante a sociedade. Entre esses espaços está o futebol. Dados do Ministério do Esporte (2015) apontam que a maioria dos meninos brasileiros começa a praticar esporte aos 5 anos, enquanto meninas só têm o primeiro contato aos 11. Desde pequenas, as meninas são pouco incentivadas a praticar a modalidade, e as que seguem dentro do esporte sofrem com estereótipos e preconceitos. Entre esses destaca-se a LGBTQIAfobia e o racismo. Um dos exemplos, entre outros, apresentados no trabalho, ocorreu durante a partida do Corinthians nas semifinais da Libertadores Feminina em 2021, em que a jogadora Adriana, até então atleta da equipe paulista, foi alvo de uma ofensa racista por parte das jogadoras adversárias, que a chamaram de ""macaca"", após a atleta marcar o 6º gol da partida. Em resposta à atitude ofensiva, durante a comemoração dos outros gols, as jogadoras do Corinthians cerraram os punhos, em um gesto antirracista (ESPN, 2021). Outros desafios enfrentados pelas atletas são o pouco investimento na modalidade e a falta de profissionalização, que consequentemente, traz insegurança e instabilidade às mulheres dentro da carreira esportiva. O debate desses tópicos aumenta a conscientização sobre os desafios existentes dentro da modalidade, e fornece informações valiosas para impulsionar melhorias no cenário esportivo das mulheres. O trabalho visa trazer as temáticas que o futebol feminino leva consigo e as discussões a elas associadas, com o objetivo de dar voz às minorias. As discussões são embasadas em autoras como bell hooks, Silvana Goellner, Aira Bonfim, Luciane de Castro, entre outros.

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