Resumo

Resumo: Um dos fatores de risco para o aumento de incidência da síndrome das pernas inquietas (SPI) em gestantes é a anemia, visto que a deficiência de ferro (DFe) durante a gravidez pode ter consequências graves para a mãe e seu bebê. Por outro lado, existem evidências na literatura que a prática de atividade física apresenta propriedades neuroprotetoras, modulando diferentes funções cerebrais. O objetivo do presente estudo foi observar na prole de ratas, tratadas com dieta apresentando diferentes concentrações de ferro (padrão, restrição e suplementação), as alterações causadas no padrão de sono, na atividade locomotora, no sistema dopaminérgico e no metabolismo do ferro. Além disso, foi avaliado o impacto de um protocolo de exercício físico nessas variáveis analisadas na prole. Para isso, ratas Wistar prenhes foram distribuídas em grupos que receberam dietas controle, suplementação e restrição de ferro. Nessas ratas foram realizadas avaliação comportamental (Campo Aberto) e análise da expressão gênica do D2, DAT, TH, MAP2K5 e hepcidina (após a lactação). Após o desmame, a prole de cada grupo foi distribuída em dois grupos 1) exercício físico-EX e 2) sedentário-SD. Avaliações de sono, comportamento (Campo Aberto) e análise da expressão gênica e conteúdos proteicos do sistema dopaminérgico (D2, DAT, TH, MAP2K5-ERK5) e hepicidina foram realizadas após 8 semanas de treinamento físico (natação). Os resultados referentes à análise do comportamento das mães demonstraram que o grupo Prenhe Dieta Suplementação mostrou valores reduzidos para ambulação total e valores aumentados para freezing em relação aos outros grupos. Em relação a expressão gênica, os grupos de ratas prenhes apresentaram valores menores da expressão de hepcidina quando comparadas ao grupo controle não prenhe. Os resultados da prole demonstraram de modo geral uma tendência a um comportamento com menor locomoção para o grupo suplementação em relação aos grupos restrição. Além disso, o grupo suplementação exercício físico (SUP EX) obteve resultados significantes no parâmetro freezing quando comparado a todos os outros grupos na maioria dos momentos. O mesmo foi visto na análise do sono, onde o grupo SUP EX apresentou menos despertares do ciclo claro que os grupo padrão (SD e EX) e restrição2 (SD e EX). Na expressão gênica da prole, foi visto um aumento da hepcidina no grupo restrição2 SD comparado com o suplementação SD e restrição SD. Neste contexto, os nossos resultados mostraram que a suplementação de ferro durante a prenhez e o exercício realizado pela prole já adulta geraram alterações positivas no comportamento e no sono da prole

Citação: FRANCO, Beatriz da Silva. Ferro e sua relação com distúrbios do movimento relacionados ao sono, comportamento, sistema dopaminérgico e exercício físico de proles wistar. 2019. 1 recurso online (81 p.). Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, SP.

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