Resumo

Meu objetivo nesta comunicação é analisar as transformações da vida contemplativa segundo a imagem do “!lósofo” expressa na Genealogia de Nietzsche. A tarefa dionisíaca da genealogia nietzschiana consiste, antes de tudo, na destruição dos ídolos da representação ocidental através de uma crítica dos valores morais. Em outras palavras, Nietzsche enuncia como nova exigência o questionamento do valor dos valores morais. Torna-se necessário um conhecimento das condições e circunstâncias nas quais os valores nasceram – neste caso, os valores da vida contemplativa –, sob as quais se desenvolveram e se modi!caram. Assim sendo, pretendo desenvolver a hipótese segundo a qual a !loso!a teria nascido em condições marginalizadas, mas com imenso poder em seus primeiros momentos, tendo se desenvolvido no ocidente como escrava da teologia e, mais recentemente, como “funcionária” do capitalismo não obstante toda contestação interposta.