Resumo

A flexibilidade é um componente importante da aptidão física, podendo ser definida como a maior amplitude fisiológica de movimento para a execução de um gesto qualquer. Contudo, falta consenso científico quanto à sua importância relativa para a prática esportiva. O objetivo do estudo foi efetuar uma revisão da literatura especializada sobre as relações entre flexibilidade e esporte. Foram abordados os seguintes pontos: perfis de flexibilidade nas modalidades esportivas, influência na aprendizagem do esporte e relação com as lesões esportivas. Os resultados das pesquisas revelaram-se conflitantes para diferentes amostras em modalidades diversas. Em suma, o exame dos dados disponíveis indica que: a) parecem ser necessários níveis mínimos de flexibilidade para o desempenho esportivo, ainda que seja extremamente difícil determiná-los; b) padrões específicos de movimento acarretam manifestações particulares de flexibilidade, que são coerentes com as demandas da atividade. A associação da flexibilidade com o desempenho depende do esporte praticado. Assim, níveis altos de flexibilidade não são, necessariamente, os mais favoráveis em todas as modalidades esportivas; c) não é possível estabelecer com clareza a influência da flexibilidade na incidência de lesões no esporte. As lesões decorrem de fatores múltiplos, o que limita as possibilidades de isolamento do efeito independente da flexibilidade. Logo, a despeito do senso comum de que o treinamento da flexibilidade previne lesões, não se podem fazer afirmativas conclusivas neste sentido

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