Resumo

OBJETIVOS: Compreender a importância da força de preensão palmar (FPP) como preditor em nonagenários e centenários.
METODOLOGIA: Estudo, longitudinal, observacional e analítico, utilizando os resultados da FPP medidos na primeira avaliação realizada em 2016. Os participantes eram nonagenários e centenários, selecionados aleatoriamente em vários bairros de Porto Alegre (RS) e avaliados em suas residências. Os participantes com 10 kgf para mulheres e 17 kgf para homens foram considerados com menor desempenho da FPP. O tempo entre a primeira avaliação e a data do óbito ou último contato (entre sobreviventes) foi calculado para avaliar a Razão de Dano (RD) usando análise de sobrevida por modelos simples e ajustados da Regressão de Cox.
RESULTADOS: A amostra foi composta por 212 participantes, 155 mulheres, 83 (39%) faleceram durante acompanhamento (até 30 de agosto de 2019). Na regressão simples, os participantes com menor desempenho na FPP apresentaram RD de 2,75 (1,76 – 4,30, p < 0,001). No modelo simples, participantes com idade entre 90 e 94 anos, apresentaram RD de 0,37 (0,16 – 0,85, p = 0,019) em relação aos centenários. No modelo ajustado, a idade perdeu sua significância na presença da FPP. Foram preditores significativos nos modelos simples e ajustados: desempenho cognitivo, circunferência da panturrilha, ser capaz de participar de atividades sociais e fazer compras e preparar refeições sozinho, desempenho no teste Timed Up and Go, e a facilidade para realizar atividades que exijam membros superiores.
CONCLUSÕES: Concluímos que a FPP foi um importante preditor independente de sobrevida entre nonagenários e centenários, o que poderia ser melhorado por uma intervenção clínica.

.

Acessar