Resumo

Resumo: A fragilidade é um estado potencialmente reversível de maior vulnerabilidade à desfechos de saúde negativos, o qual ocorre como resultado do comprometimento biológico multissistêmico e aspectos socioambientais. A prevalência de fragilidade na Europa e na Ásia já foi estabelecida e, mais recentemente, pesquisadores sugeriram que a incidência de fragilidade em três anos ao rendo do mundo é de 13,6%. Embora os países da América do Sul sejam uma economia emergente, ainda sofrem com a pobreza, desnutrição, moradia precária, falta de informação e baixa qualidade de vida, todas variáveis associadas ao desenvolvimento da fragilidade. No entanto, a prevalência de fragilidade na América do Sul ainda é pouco explorada. Portanto, o presente projeto de doutorado investigou a prevalência de fragilidade na América do Sul. A gênese e a progressão da fragilidade estão associadas à muitos desfechos negativos relacionados à saúde, como limitações da mobilidade e anormalidades cardiovasculares. Em contraste, o alto consumo proteico parece estar associado negativamente ao status de fragilidade. Notavelmente, a definição operacional de fragilidade ainda é difícil pela ausência de uma definição unívoca, e mais de 60 instrumentos diferentes para a sua avaliação estão atualmente disponíveis. Algumas investigações observaram que esses instrumentos não capturam necessariamente o mesmo construto, o que permite supor que a associação entre fragilidade e outros fatores possa ser dependente do instrumento utilizado. Com base nessas premissas, este projeto investigou a relação entre o status de fragilidade e a ingestão de proteínas, função física e parâmetros relacionados à hipertensão arterial sistêmica usando 4 instrumentos diferentes. O estabelecimento da fragilidade como um problema de saúde pública levou pesquisadores a examinar terapias para colaborar com o tratamento dessa condição. Muita atenção tem sido dada ao exercício físico, principalmente ao treinamento de força (TF), dados os inúmeros estudos que relataram melhorias nos parâmetros relacionados à fragilidade em resposta aos programas de TF. No entanto, mesmo que os programas tradicionais de TF, ou também chamados treinamento de resistência a baixa velocidade (LSRT), pareçam ser uma ferramenta poderosa para melhorar a força muscular, seus efeitos da mobilidade são menos pronunciados. Nesse contexto, evidências que a potência muscular, a capacidade de exercer força em um curto intervalo de tempo, diminui precocemente e está mais associada à tarefas de mobilidade do que a força muscular, levou à suposição de que os protocolos de RT de alta velocidade (HSRT) poderiam causar maiores melhorias na mobilidade do que o LSRT. Ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas e 11 metanálises testaram essa hipótese e os resultados ainda são controversos. Além disso, as investigações são baseadas em idosos robustos, de modo que os efeitos dos programas de TF no status de fragilidade e no desempenho físico de idosos frágeis não foram descritos anteriormente. Assim, o presente projeto investigou os efeitos do HSRT e LSRT no status de fragilidade. Secundariamente, foi examinado os efeitos de ambos os programas de TF no desempenho físico, função cognitiva e pressão arterial, dada sua estreita associação com à fragilidade

Citação: COELHO JÚNIOR, Hélio José. Frailty: prevalence, associated factors and treatment through resistance training = Fragilidade: prevalência, fatores associados e tratamento através do treinamento de força. 2019. 1 recurso online (465 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, SP.

Acessar