Resumo

O objetivo deste estudo foi identificar a influência da variação do diâmetro dos aros de mão da cadeira de rodas (AMCR) no gasto energético, estimado indiretamente através da freqüência cardíaca (FC), de usuários de cadeira de rodas (UCR) durante esforços físicos aeróbios. Pretendeu sugerir, com base científica, que a diminuição do diâmetro do AMCR reduziria o gasto energético e aumentaria a autonomia de deslocamento/treinamento físico de UCR. Com isto poderia contribuir no combate ao sedentarismo, que predispõe a doenças cardiovasculares, respiratórias, e do aparelho locomotor (SHEPHARD, 1988). Os dados de oito UCR e seis não UCR , que realizam um esforço usando de 50 a 60% da reserva de FC, revelaram que a média da FC obtida com AMCR de diâmetro de 55,0 cm foi significativamente menor (p < 0,05) do que a obtida com AMCR de 38,0 cm. Concluiu-se que a FC mais elevada obtida com o diâmetro menor, em oposição a estudos já realizados (GAYLE et al. 1988), deveu-se entre outros fatores à inadequação da cadeira de rodas ergométrica utilizada no estudo e às dimensões corporais dos testados. Recomenda-se: 1) que a diminuição do diâmetro dos AMCR seja adaptada as dimensões corporais dos UCR, permitindo contato das mãos para aplicar força aos AMCR pelo maior tempo possível em cada impulso; 2) com base na literatura, equipar cada roda da cadeira de rodas de atividade de vida diária com um par de AMCR concêntricos e de diferentes diâmetros.

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