Resumo

O presente estudo objetivou estudar a dinâmica da alteração das capacidades biomotoras (velocidade de deslocamento cíclico, resistência anaeróbia e aeróbia, força explosiva e força rápida de membros inferiores. A estrutura do processo de treinamento seguiu o modelo das cargas concentradas de força proposto por Verkhoschanskye adaptado por Oliveira (1998). O macrociclo foi dividido em três etapas: A, 8 e C e desenvolvido durante 30 semanas. A etapa A foi desenvolvida durante sete (7) semanas e subdividida em três (3) microetapas A 1, A2 e A3 que tiveram duração de duas (2) semanas cada uma, com uma semana regenerativa ao final da microetapa A3 A; a etapa 8 foi composta por cinco (5) semanas e a etapa C desenvolveu-se durante dezoito (18) semanas, e foi subdividida em duas microetapas: microetapa C1 e C2, com duração de cinco (5) semanas e treze (13) semanas, respectivamente. Os testes de controle objetivando verificar as alterações das capacidades biomotoras selecionadas foram realizadas no início do processo de treinamento (microetapa A1), após a etapa das cargas concentradas de força (microetapa A3), final da etapa 8 (metabolismo específico, velocidade, técnica e tática), meio e final da etapa C (microetapas C1 e C2 ). O tratamento estatístico realizado nas diferentes etapas e microetapas constitui-se da análise de variânça complementada pelo teste de Tukey HSD post-hoc, com nível de significância (p<0,05). Tal análise evidenciou evolução de da velocidade de deslocamento cíclico, resistência anaeróbia, força explosiva do início para o final da Etapa A (p<0,05); alteração positiva da força rápida (não significativa), alteração negativa de da resistência aeróbia (não significativa). Ao final da Etapa 8 ocorreu evolução da velocidade de deslocamento cíclico e força explosiva (p<0,05), redução da resistência anaeróbia (não significativa). A força rápida apresentou evolução positiva ao final da etapa B (p<0,05), enquanto a resistência aeróbia apresentou evolução positiva (não significativa). A velocidade máxima de deslocamento cíclico, resistência anaeróbia e força explosiva, apresentaram evolução entre a etapa B e final da microetapa C1 (p<0,05), enquanto que a resistência aeróbia e a força rápida apresentaram alterações negativas (p<0,05). A resistência anaeróbia, força explosiva, força rápida e resistência aeróbia, apresentaram evoluções positiva entre a microetapa C1 e C2 (não significativa), enquanto que a velocidade de deslocamento cíclico apresentou alteração positiva (p<0,05). Conclui-se que a metodologia das cargas concentradas de força aplicadas durante sete semanas, seguidas de cinco semanas de exercícios de estimulação metabólica específica acarretou melhorias estatisticamente significativas nas capacidades de velocidade máxima de deslocamento cíclico, resistência anaeróbia e força explosiva e proporcionou a manutenção do excelente nível de resistência aeróbia inicial durante todo período competitivo. No entanto, a força rápida de membros inferiores apresentou evolução significativa (p<0,05) após da carga concentrada, necessitando de reajustes nas cargas de treinamento, caso objetive-se a evolução desta capacidade biomotora no período competitivo. ) 

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