Resumo

Esta dissertação se insere na Linha de Pesquisa Produtos Midiáticos: Jornalismo e Entretenimento, do Mestrado em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero, e busca pesquisar como o tema futebol tem sido apresentado, no Brasil, pelo formato revista. Esporte de origem inglesa, o football foi importado para o país como um jogo das elites para as elites, no final do século XIX, e transformou-se em um dos mais importantes traços da identidade brasileira ao longo do século XX. Essa transição traduziu-se de forma característica no jornalismo, inicialmente no impresso, pelos jornais e revistas. O ponto de partida é o material produzido pelas antecessoras de Placar (revistas de futebol entre 1914 e 1970) e se estende até os dias atuais, discutindo as perspectivas da abordagem pelo meio revista, semanal ou mensal, de um assunto que se renova diariamente em uma era em que a comunicação se dá em tempo real. Juntamente com o levantamento histórico de publicações foi realizada uma extensa e detalhada pesquisa iconográfica e entrevistas com jornalistas da área. O trabalho encaminhou-se para um estudo aprofundado da revista Placar, a mais tradicional e duradoura desse segmento, editada desde 1970. As referências teóricas utilizadas concentram-se principalmente em autores voltados para questões da pós-modernidade: Guy Debord e a sociedade do espetáculo, Zygmunt Bauman e a modernidade líquida, Lucia Santaella e a comunicação ubíqua, Jeremy Rifkin e a era do acesso. A partir de uma abordagem mais ampla sobre as relações humanas na sociedade contemporânea, eles contribuem para uma análise específica da comunicação. Apontam-se também questões relacionadas ao futuro da mídia impressa, em especial revistas, no contexto tecnológico, econômico e social do cenário midiático contemporâneo. 

Arquivo