Resumo

Introdução: O futebol é um fenômeno que surge no século XIX, e o aspecto econômico sempre esteve presente na modalidade, porém, a partir dos anos 1970 ele torna predominante, com a presença das emissoras de televisão, com grandes empresas patrocinando os eventos, o empresariamento dos clubes e a formação das ligas. Em 1974, A FIFA (Federação Internacional de Futebol) estabeleceu parcerias com empresas multinacionais que buscavam expandir seus negócios. Isso foi seguido pelas confederações e clubes. Os grandes clubes da Europa estavam endividados e a saída encontrada pelo Estado foi obrigá-los a funcionar como empresa. Objetivo: O presente estudo pretende analisar uma aproximação do surgimento do futebol às características nos dias atuais. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de caráter documental. Resultados: Desde então, os clubes multiplicam suas receitas, com ajuda de emissoras de televisão e empresas de diferentes segmentos do mercado. Um exemplo da diversificação empresarial é visto na temporada 2016/2017, nas maiores ligas da Europa (Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália), tendo casas de apostas (22,2%), seguida das empresas de produção de automóveis (13,2%) como principais patrocinadores dos clubes. No que se refere ao fornecimento de material, a disputa é entre Adidas (21%) e Nike (19%). Por fim, é importante ressaltar que o processo de produção do futebol como negócio não se desenvolve da mesma forma em todos países. Naqueles periféricos, como Brasil, caracteriza-se por gestões híbridas, sendo parte dos clubes de caráter social. Para tentar reverter isso o Governo sancionou a Lei nº 13.155 que cria o Programa de Modernização e Responsabilidade Fiscal do Futebol (PROFUT). Conclusões: Observar a materialização desse ordenamento no futebol brasileiro é um desafio para os próximos anos. O fato é que o futebol tornou-se um lócus privilegiado de acumulação de riquezas e o Brasil ocupa um lugar periférico.