Editora INDEPIn. None None. 214 páginas.

Sobre

A presente pesquisa trata do Instituto de Cultura Física (ICF) de Porto Alegre, um espaço que oferecia práticas corporais1 exclusivamente para o público feminino, e que foi fundado no final da década de 1920. Dentre as práticas corporais que compunham o programa de ensino do ICF, constava como eixo norteador a Ginástica Rítmica, uma prática que carregava características associadas ao campo dos sistemas ginásticos e da dança. Neste caminho, o Instituto de Cultura Física (ICF) emerge enquanto uma instituição de ensino que, por meio de práticas corporais sistematizadas, construía representações particulares acerca da ideia de corpo feminino. E, no mesmo movimento, sobre padrões de movimento e de comportamento que seriam adequados a tais corpos. O ICF foi idealizado por duas mulheres descendentes de imigrantes alemães cujas trajetórias de formação profissional percorridas na cidade de Porto Alegre alicerçavam-se no campo artístico e esportivo, respectivamente. Leonor Dreher Bercht, conhecida comoNenê Bercht e Philomena Black, cujo apelido era Mina Black, fundaram uma instituição que tinha a finalidade de, por meio de práticas corporais, ultrapassar a educação do físico e desenvolver o sentido de educação integral do indivíduo. Para tanto, buscaram no modelo metodológico europeu, em especial, no método “dalcroziano”2 e na “dança expressionista alemã”3 , subsídios teóricos e práticos para a organização estrutural do ICF, bem como para o seu programa de ensino

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