Resumo

O objetivo do estudo foi investigar alterações na composição corporal e perfil metabólico de gêmeos monozigóticos adolescentes, decorrentes da discordância para resistência à insulina, ajustados para atividade física, aptidão cardiorrespiratória e hereditariedade. Participaram do estudo 38 pares de gêmeos monozigóticos (11 a 17 anos). Foram obtidas as medidas antropométricas de massa corporal (MC), estatura, circunferência da cintura (CC) e espessuras de dobras cutâneas (EDC). Todos os gêmeos foram submetidos a teste de esforço máximo em esteira rolante com análise direta dos gases (VO2máx), avaliação da atividade física diária por meio de pedômetros, a coleta de sangue em jejum para estimativa da glicemia, insulina e perfil lipídico, e posterior estimativa do índice HOMA-RI e HOMA-β. Os pares onde os irmãos apresentavam-se ambos abaixo ou acima do ponto de corte (Homa-RI < 2,5) foram alocados no grupo concordante (GC). Quando um irmão era resistente e outro não resistente à insulina, este par foi alocado no grupo discordante (GD). Foi observado, no GD, que os gêmeos resistentes à insulina, apresentavam maiores valores de peso de nascimento, MC, IMC, CC, percentual de gordura, adiposidade corporal (soma EDC) e índice Homa-β, além de menor valor de HDL comparados aos seus pares correspondentes. Jovens resistentes à insulina apresentaram valores superiores na antropometria e composição corporal, bem como, índices glicêmicos e insulínicos e menor HDL. Estes eventos podem ter sido desencadeados pelas alterações metabólicas possivelmente originadas na fase gestacional, porém, moduladas pela composição corporal.

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