Resumo

O que os higienistas liam? O que faziam com o que liam? Ao explorar essa dupla indagação, trabalho com a hipótese de que os manuais adotados no tempo de formação dos médicos oitocentistas colaboraram para o delineamento e a confirmação da doutrina da higiene entre nós, que implicava, por exemplo, uma reordenação da idéia de medicina e de humanidade. Descrevendo o mundo que viam com base em um pêndulo no qual se marcava o certo e o errado, bem como o caminho que conduziria a um e a outro, os médicos formados na Corte Imperial, variando nas estratégias, incidiam, contudo, em objetivo assemelhado: produzir sujeitos higiênicos, higienizados e higienizadores. Grau de afinidade atingido graças ao que lhes era proporcionado, inclusive as leituras.