Resumo

Com aumento da expectativa de vida e o crescimento populacional acelerado, ocorre também a maior incidência de comorbidades na população geriátrica, no Brasil, definem-se como idosos longevos os indivíduos com idade igual ou superior a 80 anos, nesse contexto torna-se indispensável conhecer os perfis epidemiológicos para nortear o profissional da área da saúde quanto a melhor estratégia usar. Objetivo: Caracterizar o perfil demográfico, as condições de saúde e a autopercepção de saúde em idosos longevos. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e de coorte transversal, com 351 idosos do município de Passo Fundo-RS, foram selecionados aleatoriamente. Instrumento da pesquisa foi questionário sociodemográfico. Destes, 58 foram identificados como longevos e incluídos na amostra. A análise estatística foi realizada pelo pacote estatístico SPSS 18.0. Resultados: A maioria dos indivíduos era do gênero feminino (69%), faixa etária dos 80-89 anos (79%), com ensino fundamental incompleto (55,17%), aposentados (75,86%), renda de até 1 salário mínimo (46,55%), viúvos (62%). Tinham alterações visuais e faziam uso de óculos (72,42%), não eram tabagistas (77,58%) e nem etilistas (86,2%). Tinham doenças associadas (79,31%), sendo a principal a hipertensão arterial sistêmica (55,17%) e faziam uso de medicamentos (67,24%), especialmente dos hipotensores (55,17%). Pouco mais da metade realizava ou já realizou fisioterapia (53,44%) e a maioria praticava atividade física (65,51%). De acordo com a autopercepção de saúde, a maioria dos longevos a considerou regular ou boa (43,1% cada). Resultados semelhantes a este estudo são descritos na literatura. Conclusão: Embora apresentassem doenças associadas, especialmente a hipertensão arterial sistêmica, alterações visuais e fazerem uso de medicamentos, o fato de não serem tabagistas nem etilistas, realizarem fisioterapia e atividade física pode ter contribuído para a autopercepção de saúde ter sido considerada regular ou boa pela maioria destes.

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