Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar o impacto de diferentes ordens de execução dos exercícios durante um programa de treinamento com pesos (TP) sobre a resistência de força e a massa muscular em homens adultos jovens saudáveis e não-treinados. Trinta e quatro homens foram separados aleatoriamente em dois grupos (G1 e G2) e submetidos a 12 semanas de TP, em delineamento cruzado, dividido em duas etapas (ET1 e ET2), cada qual com duração de seis semanas. O G1 realizou o treinamento com pesos seguindo a ordem de execução dos grandes para os pequenos grupos musculares (COND1) durante a ET1 e dos pequenos para os grandes grupos musculares (COND2) durante a ET2, ao passo que o G2 foi submetido a uma ordem de execução inversa, em cada uma dessas duas etapas. Independente da ordem de execução adotada, os exercícios para os grupos musculares de membros superiores/tronco foram executados anteriormente aos exercícios para membros inferiores. A ordem de execução dos exercícios na COND1 foi a seguinte: supino em banco horizontal, puxador alto por trás, remada alta em pé, desenvolvimento de ombros, tríceps no pulley, rosca direta de bíceps, leg press 45º, cadeira extensora, mesa flexora e panturrilha no leg 90º. A ordem de execução dos exercícios na COND2 foi a seguinte: rosca direta de bíceps, tríceps no pulley, desenvolvimento de ombros, remada alta em pé, puxador alto por trás, supino em banco horizontal, panturrilha no leg 90º, mesa flexora, cadeira extensora e leg press 45º. Todos os exercícios foram executados em três séries de 8-12 RM, em três sessões semanais, exceto o exercício panturrilha no leg 90º (15-20 RM). A massa muscular foi estimada a partir de medidas de absortometria radiológica de dupla energia (DEXA), ao passo que a resistência de força foi representada pelo trabalho total de esforço (carga X repetições). Um aumento significante na massa muscular foi identificado somente na comparação entre COND1 vs. pré-treinamento (1,2 kg; P = 0,03). Não foram encontradas diferenças significativas na resistência de força entre as condições de treinamento. Correlações moderadas foram observadas nas associações entre a massa muscular e a resistência de força (prétreinamento: r = 0,42; COND1: r = 0,62 e COND2: r = 0,56), obtida com o programa de TP. Os resultados encontrados no presente estudo sugerem que a prática do TP em iniciantes, independente da ordem de execução dos exercícios, pode resultar em ganhos de massa muscular, e melhorar a resistência de força muscular de homens adultos jovens. 

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