Resumo

Avaliar a importância de indicadores antropométricos para a ocorrência de hipertensão arterial em idosos de São Paulo. Delineamento - Estudo epidemiológico transversal, de base populacional e domiciliar, parte de estudo multicêntrico (Pesquisa SABE), coordenado pela Organização Pan-Americana de Saúde. Casuística A Pesquisa SABE abrangeu 2143 idosos (> 60 anos), de ambos os sexos, no período de janeiro/2000 a março/ 2001, selecionados por amostragem probabilística. Métodos - A ocorrência da hipertensão foi avaliada pela seguinte questão: Alguma vez um médico ou enfermeiro lhe disse que o(a) Senhor(a) tem pressão sanguínea alta, quer dizer, hipertensão? Os indicadores antropométricos usados foram: índice de massa corporal (IMC), perímetro da cintura (PC), razão cintura quadril (RCQ) e razão cintura estatura (RCEst.). Foram usadas análises de regressão logística binária, estratificadas por sexo. Resultados - Verificou-se maior prevalência de hipertensão em mulheres (56,6% x 49,5%), assim como diabetes e de obesidade, de acordo com o IMC, PC e RCQ. Foram encontradas freqüências mais elevadas de tabagismo e prática de atividade física no sexo masculino. No modelo final, para os homens, o IMC foi o indicador que mais fortemente se associou a hipertensão arterial. Para as mulheres, todos os indicadores se associaram, de forma muito similar, ao desfecho. Conclusão: Há diferença na capacidade diagnóstica dos diferentes indicadores de obesidade. A associação entre os indicadores antropométricos e hipertensão é diferente entre homens e mulheres.

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