Resumo

OBJETIVO: A luxação aguda da patela é uma afecção complexa que afeta principalmente pacientes jovens. Sua fisiopatologia é pouco conhecida e sua compreensão e conduta terapêutica são controversas. O ligamento femoropatelar medial (LFPM) é o principal estabilizador estático para a prevenção do deslocamento lateral da patela. Com o objetivo de avaliar a estabilidade da articulação femoropatelar, os autores avaliam radiograficamente a presença, ou não, de deslocamento e inclinação lateral da patela, antes e após a secção do LFPM em joelhos de cadáveres.
MÉTODOS: Trinta joelhos de cadáveres foram radiografados na incidência axial da patela, por meio da técnica descrita por Merchant antes e após a secção do LFPM. Foram mensurados os ângulos de congruência de Merchant e femoropatelar lateral de Laurin.
RESULTADOS: O ligamento femoropatelar medial apresentou média de 4,8cm de comprimento e 1,6cm de largura. Em seis peças anatômicas não ocorreu mudança no ângulo femoropatelar lateral de Laurin (20%), em três peças anatômicas a mudança foi de um grau (10%), em 20 (67%), dois graus e uma peça anatômica quatro graus (3%). As mudanças ocorreram entre zero e dois graus, em 97% dos joelhos de cadáveres. Em cinco peças anatômicas não ocorreu mudança no ângulo de congruência de Merchant (17%); em seis, foi de um grau (20%); em 17, dois graus (57%); em uma, três graus (3%); e em uma, seis graus (3%).Estas mudanças ocorrem entre zero e dois graus em 93% dos joelhos de cadáveres).
CONCLUSÕES: A análise dos resultados obtidos neste estudo permite concluir que o ligamento femoropatelar medial tem importância na inclinação e no deslocamento lateral da patela com o joelho fletido em 45º

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