Resumo

Estou há horas tentando esboçar as primeiras palavras sobre Antônio Carlos Stringhini Guimarães, o Guima, como carinhosamente nós o chamávamos. Confesso que está muito difícil. Não sei por onde começar. Possivelmente porque está duro demais aceitar a realidade. Toda vez que penso nele surge à minha mente um Guima sorridente, animado, cheio de vida, dizendo “vem cá tchê” para em seguida me fazer uma pergunta intrigante, uma colocação inteligente, uma afirmação contundente, uma sugestão confortante ou contar uma estória interessante. Está difícil. Vou tentar colocar no papel o que o coração está me dizendo para escrever. Não sei se vou conseguir. A vida é feita de encontros. O que foi conhecer e conviver com o Guima? O que isso significou para mim? Certamente, não foi apenas conhecer o Guima profissional competente, pesquisador respeitado, professor compromissado ou dirigente perspicaz. Foi, sobretudo, conhecer e conviver com o Guima pessoa educada, elegante, culta, respeitosa, responsável, sincera, honesta, um gentleman no sentido mais elevado da palavra. Sempre de alto astral, olhando para frente, otimista, bem humorada, agradável, que via algo positivo mesmo nas adversidades ou nas experiências amargas. O Guima que valorizava a família antes de mais nada, cultivava a amizade como ninguém - sempre contava as peripécias em Garopaba com o Adroaldo, o Ricardo e familiares - e falava apaixonadamente do seu hobby, o triathlon. Só posso concluir uma coisa: foi um enorme privilégio ter conhecido e convivido com uma pessoa tão especial. Guardarei para sempre no meu coração esse grande companheiro e amigo que se foi precocemente, deixando um enorme buraco na alma que procurarei preencher com a imagem que está em minha mente, neste momento. A mesma de sempre e para sempre.