Resumo

Os objetivos do estudo foram caracterizar o grau de incapacidade funcional para a realização de atividades básicas da vida diária e determinar a prevalência e os fatores associados à incapacidade funcional em idosos institucionalizados. Realizou-se estudo transversal do tipo censo das instituições de longa permanência para idosos de Pelotas, Rio Grande do Sul. O desfecho, incapacidade funcional, foi avaliado pelo Índice de Katz, e definido como a necessidade de ajuda parcial ou total para cada uma das seis atividades básicas da vida diária investigadas. As exposições avaliadas foram sexo, idade, escolaridade e nível de atividade física. Empregou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta nas análises bruta e ajustada. A amostra foi composta por 393 sujeitos com idade igual ou superior a 60 anos. A prevalência de incapacidade funcional em, no mínimo, uma atividade da vida diária foi de 79,4% (IC95%: 75,4; 83,4), sendo que, 10,9% apresentaram incapacidade em apenas uma atividade básica, 28,5% tiveram de duas a quatro atividades com incapacidade funcional e 40,0% relataram cinco ou seis atividades básicas com incapacidade funcional. Os idosos apresentaram maior percentual de independência para comer (73,3%) e menor percentual de independência para tomar banho (26,7%). Na análise ajustada, mulheres, idosos com menor escolaridade, idades avançadas e inativos fisicamente apresentaram maior número médio de atividades da vida diária acumuladas com incapacidade funcional. Observou-se alta prevalência de incapacidade funcional entre idosos institucionalizados. A inatividade física foi o fator mais fortemente associado à incapacidade funcional.

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