Resumo

Didaticamente podemos subdividir o volume total sanguíneo em duas partes: as células e o plasma sangüíneo. No plasma, a fração líquida do tecido sanguíneo, encontramos proteínas plasmáticas, sais inorgânicos, aminoácidos, vitaminas, hormônios, lipoproteínas, glicose e outros componentes orgânicos que ficam suspensas (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1999; GUYTON & HALL, 2002). As células sanguíneas são representadas pelos eritrócitos ou hemácias, leucócitos e plaquetas (SILVA et al., 1997). A contribuição dos eritrócitos à oxigenação dos tecidos se dá através do transporte da hemoglobina. Uma proteína especializada em transporte de gases no sangue, principalmente o O2. Gases se ligam à hemoglobina nos pulmões e, com auxilio dos eritrócitos através do sistema circulatório se difundem para todas as células e tecidos corporais (GUYTON & HALL, 2002). Existem pequenas variações relacionadas ao sexo. Nos homens há cerca de 4,5 a 5,2 milhões de hemácias em cada mililitro de sangue, enquanto nas mulheres a quantidade normal oscila entre 4,0 e 4,8 milhões. Um dos fatores que contribuem para esta diferença dos valores do hematócrito feminino e masculino, se dá por conta da perda de tecido sanguíneo nas mulheres durante o ciclo menstrual (GUYTON & HALL, 2002; OLIVEIRA, 1990). O hemograma completo se divide em eritrograma (glóbulos vermelhos) e leucograma (glóbulos brancos) na confecção de esfregaço sangüíneo. O eritrograma avalia as alterações quantitativas (Hematometria, Volume Globular [hematócrito], Hemoglobinometria) e qualitativas (Índices Hematométricos [Volume Globular Médio, Concentração Média de Hemoglobina] e Hematoscopia) (SILVA & HOSHIMOTO, 1999). A anemia pode ser definida como uma concentração baixa de eritrócito e/ou hemoglobina no sangue. Segundo SILVA & HISHIMOTO (1999), é possível diagnosticar e classificar a anemia através do exame laboratorial de análise clínica do sangue (Hemograma), muitas das vezes sem o conhecimento do estado clínico da pessoa. Pois a interpretação dos valores das constantes corpusculares associada às alterações morfológicas dos eritrócitos subdisiam esta prática. Morfologicamente podemos classificar as anemias em: Microcíticas e Hipocrômica; Normocíticas e Normocrômicas; Macrocíticas (VERRASTRO & NETO, 2002). A Universidade Paranaense (UNIPAR), desenvolve algumas atividades que demonstram a preocupação com à saúde dos funcionários. Dentre estas ações podemos citar o Pronto Atendimento Escolar, um Projeto de Extensão do Curso de Enfermagem e a medicina do trabalho, oferecendo atendimento de enfermagem e médico. O objetivo deste trabalho foi levantarmos o índice de alterações de eritrograma, bem como classificá-las morfologicamente em trabalhadores do sexo feminino do Campus Sede da Universidade Paranaense, que realizaram consultas periódicas (medicina do trabalho), no ano de 2003. PALAVRAS-CHAVE: anemias; medicina do trabalho; saúde pública.