Resumo

A independência efetora (capacidade de executar uma tarefa com diferentes efetores) foi investigada com foco na transferência bilateral de aprendizagem. Especificamente, foi investigada a hipótese de que a prática com a mão esquerda em destrímanos levasse a aprendizagem independente de efetor seguida de aprendizagem dependente de efetor, de forma similar à caracterizada na prática com a mão direita. Dezoito participantes adultos (idade média 25.6 ± 2.9 anos) realizaram vinte tentativas divididas em dois dias numa tarefa de destreza manual fina (inserção de pinos - Grooved Pegboard Test), inserindo 25 pinos por tentativa. Foram realizados um pré-teste, um teste de retenção intermediário após cinco tentativas e um teste de retenção final após o término da prática. Os resultados corroboraram a hipótese: o desempenho da mão esquerda melhorou do pré-teste ao teste intermediário, e deste para o teste final, enquanto o desempenho da mão direita apresentou melhora apenas do pré-teste para o teste intermediário. O padrão de independência efetora seguida de especificidade com relação ao efetor utilizado foi similar ao relatado na prática com a mão direita em destrímanos. Sugere-se, portanto, uma reconsideração da independência absoluta de efetor ao longo da prática.

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