Resumo

O treinamento de força é utilizado com vários propósitos; mas particularmente para aumentar a massa muscular e a força. Nesse contexto; muitas variações na elaboração de seções de treinamento de força têm sido prescritas. Basicamente; as variações envolvem a ordem dos exercícios ou a manipulação das variações agudas do treinamento de força (sistemas de treinamento). De acordo com a crença popular; isto irá otimizar as respostas fisiológicas (ex. respostas hormonais e metabólicas) a seção de treinamento de força. Uma vez que hormônios e metabólitos “traduzem” o estímulo de treinamento em adaptação; a variabilidade nas seções de treinamento irá otimizar os resultados desse tipo de treinamento. Apesar disso; tal crença carece de evidências científicas. Portanto; o objetivo do presente estudo foi comparar as mudanças metabólicas e hormonais produzidas por duas seções de treinamento de força muito similares quanto à carga total; mas elaboradas de modo a caracterizarem dois sistemas de treinamento diferentes (convencional e piramidal). Dez sujeitos participaram de ambas as seções de treinamento de força sendo a ordem de realização aleatoriamente determinada e observando um intervalo de uma semana entre cada seção. Amostras de sangue foram coletadas antes; imediatamente após; 24; 48 e 72 horas após o término de cada seção de treinamento e a partir das mesmas foram realizadas análises de glicose; lactato; hormônio do crescimento; testosterona; cortisol; insulina e creatina quinase. Nossos dados demonstram que ambas as seções de treinamento promoveram mudanças nas concentrações plasmáticas de todos os parâmetros avaliados; entretanto; não houve diferença significativa nos valores observados entre as duas seções de treinamento. Assim; os resultados do presente estudo sugerem que parâmetros hormonais e metabólicos não são influenciados pela manipulação das variáveis agudas do treinamento de força (isto é; em relação ao sistema de treinamento) quando a carga total é similar.

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