Resumo

O objetivo deste trabalho foi investigar as possíveis diferenças nas prevalências de alguns indicadores de saúde e do estilo de vida de adolescentes residentes em municípios de porte pequeno, médio e grande do Estado de Santa Catarina, Brasil. A amostra, representativa dos estudantes do ensino médio da rede pública estadual, das seis regiões catarinenses, foi composta por 5.083 escolares, com média de idade de 17,1 anos (DP=1,17 anos), sendo 2064rapazes e 3019 moças. Na análise estatística utilizou-se o teste do Qui-quadrado (c2), com nível de significância de p<0,05. Não foi observada associação entre o tamanho do município com a percepção de saúde e com o consumo abusivo de álcool, mesmo após estratificação por gênero. Já na percepção da qualidade do sono, verificou-se maior proporção de percepção negativa entre os adolescentes que residiam em municípios grandes, tanto nos rapazes quanto nas moças. Para as demais variáveis, especificamente: tabagismo, consumo em pelo menos uma ocasião de drogas ilícitas e nível de atividade física, observou-se associação entre o tamanho do município e estes indicadores somente entre as moças, sendo que aquelas que residiam nas cidades grandes em geral apresentaram indicadores mais negativos do que aquelas que moravam em municípios médios e pequenos. Estes resultados sugerem que as moças residentes em municípios grandes apresentaram um maior número de indicadores negativos de saúde do que seus pares que habitavam em municípios médios e pequenos. Já os rapazes apresentaram um padrão de comportamento semelhante na maioria das variáveis investigadas, independentemente do tamanho do município.

Acessar