Resumo

Portugal RESUMO Este estudo teve como objectivos determinar se o estiramento estático do músculo quadriceps, (i) por si só, induz agressão no músculo íntegro, e se (ii) efectuado após o exercício físico agrava as manifestações clínicas e bioquímicas da agressão muscular. Vinte e sete sujeitos jovens do sexo masculino, sedentários, foram divididos por 3 grupos e submetidos: Grupo 1 - a um programa de estiramentos estáticos; Grupo 2 - a um programa de contracções excêntricas; e Grupo 3 - a um programa de contracções excêntricas (idêntico ao Grupo 2) seguido por um programa de estiramentos (idêntico ao Grupo 1). Foram avaliados parâmetros clínicos e bioquímicos imediatamente antes do exercício e 1, 24, 48, 72, 96 horas após. A avaliação clínica compreendeu a quantificação da dor à palpação, da circunferência da coxa, do Peak Torque Excêntrico Máximo. A avaliação bioquímica compreendeu a quantificação da actividade plasmática da Creatina Kinase e da Transaminase Glutâmica Oxaloacética. Não foram observadas alterações clínicas ou bioquímicas, ao longo do tempo, no grupo submetido unicamente ao programa de estiramento; observou-se, ainda, que as manifestações de lesão muscular foram idênticas para o grupo 2 e grupo 3. Em conclusão, o estiramento estático, por si só, não parece induzir agressão muscular esquelética no quadriceps íntegro e, quando realizado neste músculo após a agressão pelo exercício excêntrico, não parece agravar as manifestações clínicas e bioquímicas da miopatia do exercício. Palavras-chave: exercício excêntrico, estiramento estático, agressão muscular, miopatia do exercício, desconforto muscular.