Resumo

Aumentos no nível de complexidade dos movimentos resultam em maior demanda
de tempo de programação, e tal demanda acarretaria em tempos de reação (TR)
mais longos (HENRY & ROGERS, 1960; KLAPP, 1980). Este estudo objetivou verificar
o comportamento do TR simples em 5 tarefas de complexidade distintas. O material
utilizado para coleta consistiu de 1 plataforma retangular de 102 x 64 cm com 6
orifícios, 1 chave de respostas com estímulo luminoso, 3 bolas de tênis e Software
para registro. Dez universitários voluntários de ambos os sexos entre 18 e 25 anos
divididos em 2 grupos executaram as tarefas em ordem inversa de complexidade.
As tarefas (T) consistiam em soltar a chave de respostas a partir do estímulo luminoso
e o transporte das bolas entre os orifícios, com exceção da primeira tarefa, ou seja, as
tarefas foram:T1: liberação da chave de respostas;T2: liberação da chave de respostas
e 1 componente de transporte;T3: liberação da chave de respostas e 2 componentes
de transporte; T4: liberação da chave de respostas e 3 componentes de transporte;
T5: liberação da chave de respostas, 6 componentes de transporte com utilização
dos 2 membros superiores. Foi realizado 1 bloco de 5 tentativas para cada tarefa, que
foram demonstradas anteriormente à prática. Os valores médios de TR encontrados
foram: T1= 376,70+63,48; T2= 460,37+90,72; T3= 390,40+45,38; T4=
470,00+149,32 e T5= 796,27+406,53.A ANOVA one-way indicou diferença entre
os TRs [F (4,45)=5,2, p=0,0016] e o post-hoc de Tukey mostrou diferença de T5
para as demais (p<0,05). Os resultados confirmaram parcialmente a proposição de
HENRY e ROGERS (1960). De acordo com estes autores deveria haver diferença entre
todas as tarefas, entretanto, os resultados apresentados encontram respaldo na
literatura (CHRISTINA et al., 1982). É possível que a ausência de diferença entre T1,
T2,T3 e T4 tenha ocorrido devido à combinação de programação on-line (CARLTON,
1981) e a similaridade no 1º movimento destas tarefas. A diferença verificada entre
a T5 e as demais pode ter ocorrido devido a um aumento na demanda cognitiva
imposta por aumento acentuado nos graus de liberdade (BERNSTEIN, 1967) uma vez
que foram usados os 2 membros superiores. Sugere-se a realização de novos estudos
para análise mais detalhada dos aspectos de pré-programação.

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