Resumo

Durante o processo natural de envelhecimento humano os sistemas fisiológicos sofrem declínios estruturais e funcionais que podem afetar a realização das atividades da vida diária bem como a independência física. A prática regular de exercícios pode atuar sobre estas alterações e o treinamento de força deve fazer parte da rotina de exercício desta população. Poucos experimentos investigaram a influência da frequência semanal do treinamento de força sobre o desempenho funcional na população idosa. Desta forma, o objetivo desse estudo foi verificar a influência da frequência semanal do treinamento de força sobre o desempenho funcional em idosas após 12 semanas de treinamento. Para isso foram recrutadas 21 mulheres idosas que foram submetidas a 12 semanas de treinamento de força. As participantes foram divididas em dois grupos que treinavam uma (G1: n=11, idade: 66,7±5,7) ou duas vezes por semana (G2: n=10, idade: 68,8±3,1). O treinamento envolveu sessões de treinamento de força contendo exercícios para os principais grupos musculares executados em forma de circuito. Três passagens eram realizadas respeitando intervalo de 30 segundos entre os exercícios e executando de oito a 10 repetições nos mesmos. Testes de desempenho funcional foram aplicados antes e após o período de intervenção. Os resultados mostraram melhora em relação ao pré-treinamento em todos os testes em ambos os grupos (p<0,05). No entanto, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (p>0,05). Conclui-se que o treinamento de força pode ser capaz de promover melhoras no desempenho funcional dessa população e que o treinamento com baixa frequência, pelo menos nas fases iniciais do treinamento, pode ser eficiente e estimulante à aderência daqueles com pouca disponibilidade de tempo.

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