Resumo

As quedas são eventos danosos à saúde dos idosos, sendo estes, causa de lesões, internação e óbito nesta população. Neste contexto, torna-se eminente a necessidade de métodos para identificação do perfil da idoso que cai, bem como do desenvolvimento de estratégias que sejam eficazes para a prevenção de quedas em pessoas idosas. Para esta última, destacam-se os programas de intervenção baseado no desenvolvimento do treinamento resistido, seja este feito isoladamente ou em combinação com outras intervenções. A partir do exposto, o objetivo principal desta tese foi de analisar o efeito da periodização do treinamento resistido na estratificação do risco de quedas, capacidade funcional, força muscular máxima e medo de cair em mulheres idosas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa em duas fases, que originou a realização de dois artigos. O artigo 1 foi um estudo observacional, analítico e transversal e teve o objetivo de analisar a relação das medidas relativas ao risco de quedas, capacidade funcional, força muscular e medo de cair em mulheres idosas caidoras e não caidoras. Pôde-se observar a relação das medidas relativas ao risco de quedas, capacidade funcional e força muscular. Não houve diferença entre os grupos de caidoras e não caidoras em relação aos desfechos analisados. A idade foi um fator de influência para o risco de quedas, capacidade funcional e força, e não para o medo de cair. No artigo 2 foi realizado um ensaio clínico randomizado com o objetivo de analisar o efeito da periodização do treinamento resistido para a redução do risco de quedas, capacidade funcional, força muscular e medo de cair em mulheres idosas. Para tanto, foram as participantes foram alocadas em um dos 3 grupos (grupo de treinamento resistido periodizado pelo modelo linear – GL; grupo de treinamento resistido periodizado pelo modelo ondulatório semanal – GO; ou grupo controle – GC) a partir de um sorteio. Participaram da pesquisa 50 idosas que foram acompanhadas por 16 semanas. Em ambos os grupos de intervenção foram observadas redução no risco de quedas, melhora na capacidade funcional e na força muscular, fato não observado no GC. O GO apresentou maior efeito da amostra sobre o risco de quedas e força muscular máxima e o GL maior efeito sobre a capacidade funcional das participantes. As idosas que apresentaram incrementos superiores da força muscular máxima com o treinamento resistido apresentaram melhoraras superiores nos desfechos analisados, sobretudo quando analisado o tamanho do efeito da amostra. O programa de intervenção não influenciou no medo cair das participantes.

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