Resumo

O presente estudo teve por objetivo verificar a diferença, em performance motora, entre crianças asmáticas em estados leve, moderado e intenso e crianças não asmáticas. Foi utilizado o teste de proficiência motora Bruininksi-Oseretsky, na sua versão abreviada, composta de quatorze subtestes destinados a medir coordenação bilateral, óculo-manual, equilíbrio e habilidades de destreza. A amostra das crianças portadoras de asma foi tirada da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, efetuando-se um trabalho em conjunto com as crianças, médicos, pais e pesquisadora. A amostra das crianças não portadoras de asma foi tirada da Escola Municipal Augusto Paulino Filho, através de uma questionário do Centro de Saúde do Engenho de Dentro. A idade das crianças, nas duas amostras, variou entre sete e oito anos. No tratamento estatístico, foi realizada uma análise de variança (ANOVA) com um nível de significância de 0.05%. Os resultados revelaram não existir diferença significativa entre as crianças portadoras e as não portadoras de asma. Por outro lado, comparando-se as diferenças entre os subgrupos das crianças portadoras de asma em relação ao estudo clínico desta enfermidade, a ANOVA identificou diferenças significativas entre os estados clínicos moderado e intenso, no que diz respeito ao componente motor das coordenações finas, especificamente nos itens relativos à velocidade de resposta e velocidade de destreza dos membros superiores. Com base nos resultados da análise, verificou-se que um estado asmático intenso prejudica a performance do indivíduo em diversas tarefas motoras cuja excução dependa das habilidades coordenativas finas.

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