Resumo

O presente estudo analisou a influência do estado nutricional no bem-estar subjetivo de 1272 adolescentes da cidade de Maceió-AL-BR, 544 do sexo masculino (13,56 ± 1,12) e 728 do sexo feminino (13,34 ± 1,12). Foram avaliados nas dimensões antropométrica (estatura, massa corporal e índice de massa corporal, estatura matura predita) e psicológica (Autopercepções e Bem-estar subjetivo). Utilizámos estatística descritiva (média e desvio padrão) e inferencial (análise da variância-ANOVA) para um nível de significância de 5%. A categoria“sobrepeso/obesidade” apresentou valores médios mais elevados na maioria dos indicadores psicológicos, independentemente do sexo e do grupo etário, tendo também os indivíduos maturacionalmente mais avançados. A satisfação com a vida no geral foi mais evidente nos meninos com sobrepeso/obesidade (15 anos) e nas meninas com baixo peso e peso normal (13 anos). A satisfação com a vida, no grupo com sobrepeso/obesidade, foi menor nos meninos, tendo as meninas mostrado uma maior variação de acordo com o estado nutricional e a idade. O estresse foi melhor percebido pelos meninos com baixo peso e com idades mais avançadas maturacionalmente, enquanto as meninas com peso normal perceberam melhor o estresse, na maioria dos grupos etários. A autoestima apresentou pequenas variações nos diferentes estados nutricionais, sendo menos elevada nos meninos (12 anos) com sobrepeso/obesidade. Assim, existe a necessidade de desenvolvimento de programas educacionais que forneçam informações e incentivos de orientação nutricional, de modo a minimizar os efeitos do estado nutricional, principalmente em grupos de baixo peso e sobrepeso/obesidade, contribuindo para a melhoria do bem-estar subjetivo em adolescentes.

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