Resumo

CONTEXTO: A otimização do treino de flexibilidade está relacionada com o uso de parâmetros adequados de alongamento. Entretanto, o intervalo de tempo adequado entre as sessões de alongamento tem sido pouco investigado. OBJETIVO: Verificar se a variação no intervalo de tempo entre sessões de alongamento influencia no ganho de flexibilidade. MÉTODOS: 28 mulheres, com idade de 22,5 ± 1,8 anos, foram distribuídas aleatoriamente em três grupos. Aplicaram-se 10 sessões de alongamento nos isquiotibiais do membro direito. O grupo 0X (n = 8) foi o controle e não recebeu alongamento. O grupo 3X (n = 10) alongou três vezes por semana (intervalo de 48 horas) e o grupo 5X (n = 10), cinco vezes (intervalo de 24 horas). Aplicaram-se 10 sessões de alongamento (sustentar-relaxar) nos isquiotibiais direitos. As medidas foram tomadas por análise fotométrica no programa AutoCad® 2000. A análise estatística foi realizada com ANOVA e teste post hoc de Newman-Keuls adotando um p-valor referencial de 0,05. RESULTADOS: Após 10 sessões, identificou-se aumento da flexibilidade nos grupos experimentais, porém sem diferença entre estes. O grupo 3X aumentou significativamente a partir do 10º dia do programa (quinta sessão) e o grupo 5X, a partir do terceiro (terceira sessão). CONCLUSÕES: O alongamento aumenta a flexibilidade dos isquiotibiais, independente do tempo entre as sessões (24 ou 48 horas); e a variável tempo não influencia o ganho de flexibilidade total. Porém, com cinco sessões semanais, ganha-se flexibilidade mais rapidamente. Isso sugere que o ganho de flexibilidade é sessão-dependente.

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