Resumo

OBJETIVO: O propósito deste estudo foi analisar os efeitos do resfriamento e do aquecimento sobre a flexibilidade dos músculos isquiotibiais, observando os efeitos agudos e crônicos. MÉTODOS: Quarenta voluntários foram aleatoriamente incluídos em um dos quatro grupos (n=10): 1) grupo controle; 2) grupo alongamento (técnica sustentar-relaxar) para os músculos isquiotibiais, por duas semanas consecutivas; 3) grupo alongamento precedido da aplicação de crioterapia (25 minutos) na região posterior da coxa e 4) grupo alongamento precedido de aquecimento com diatermia por ondas curtas (25 minutos). A avaliação da flexibilidade muscular foi realizada através de uma prancha acoplada a um sistema de goniometria, especialmente preparada para avaliar o ângulo extensor do joelho. RESULTADOS: Os três grupos experimentais aumentaram significativamente a ADM em relação ao grupo controle. Os ganhos médios diários, considerados efeitos agudos, mostraram diferenças significativas em favor do grupo submetido ao resfriamento, quando comparado aos demais (aumento de 2,6 ± 0,9°, 4,3 ± 1,5° e 2,4 ± 0,7° para os grupos 2, 3 e 4, respectivamente, p= 0,008). Em relação aos efeitos crônicos, não foi observada diferença significativa entre os três grupos experimentais, embora todos diferiram do controle (aumento de 1,5 ± 0,5°, 11,1 ± 6,1°, 14,4 ± 5,4° e 14,4 ± 6,2°, para os grupos 1, 2, 3 e 4, respectivamente). CONCLUSÕES: Sessões de alongamento, aplicadas diariamente, aumentaram significativamente a flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Os efeitos agudos foram maiores no grupo submetido ao resfriamento, quando comparado aos grupos somente alongado ou aquecido. Os efeitos crônicos não foram influenciados pelo aquecimento nem pelo resfriamento. Palavras-chave : Flexibilidade muscular; alongamento; crioterapia; aquecimento; isquiotibiais.

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