Resumo

O ambiente de trabalho na construção civil proporciona uma demanda física elevada aos trabalhadores. Na tentativa de prevenir acidentes no ambiente de trabalho da construção civil, é necessário, e muitas vezes obrigatório, o uso de equipamentos de proteção individual (EPI). O uso dos EPI pode impor um estresse fisiológico e psicológico adicionais aos trabalhadores que, somados ao estresse térmico e a uma eventual desidratação, podem influenciar negativamente a função cognitiva e o equilíbrio do corpo, afetando o desempenho da tarefa e, possivelmente, aumentando o risco de acidentes no local de trabalho. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi verificar a influencia da utilização de uma máscara de proteção contra gases tóxicos no desempenho físico, cognitivo e no equilíbrio em dois ambientes (quente e temperado). Foram realizadas quatro situações experimentais que tinham a duração de 90 min, durante as quais eram realizados três sequência de 20 min de caminhada e 10 min de um protocolo modificado de Repetitive Box Lifting (RBLM). As situações experimentais foram assim definidas: sem utilização da máscara de proteção facial em ambiente temperado (SMT), com utilização da máscara em ambiente temperado (CMT), sem utilização da máscara em ambiente quente (SMQ) e com utilização da máscara em ambiente quente (CMQ). O ambiente temperado correspondeu a 24C de temperatura seca e 73% de URA e o ambiente quente a 36C de temperatura seca e 75% de URA. Foram avaliados o desempenho físico, através de número de caixas carregadas no RBML, o desempenho cognitivo e o equilíbrio. Não foram encontradas diferenças significativas em nenhuma das variáveis de desempenho físico, cognitivo e no equilíbrio avaliadas no presente estudo, entretanto foram observadas diferenças significativas na percepção subjetiva de esforço durante os 90min. Assim, concluímos que o uso da máscara de proteção facial não influencia no desempenho físico, cognitivo e no equilíbrio em uma simulação de trabalho com duração de 90 min.

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